15 de setembro de 2014

sobre joana.


joana era um rabisco no vento. era o relógio parado, o suspiro silencioso da primavera. era menina perdida, mulher forte, criança medrosa, amante impecável. fetiche. bela e intensa. como o ar quente que invade a janela e o botão de jasmim que floresce nos fundos da casa. tinha cheiro de chuva. olhos de coruja e um sorriso doce mais doce que o mel do angico. me enchia de inspiração e fazia o dia e a noite virarem uma coisa só. com ela a cidade era um parque de diversões, o quarto nosso porto seguro e os dias uma eterna montanha russa. não sabia o que era e nem o que queria. tinha medo de amar. mas era amor puro e por onde passava deixava um rastro de água azul celeste e uma multidão de apaixonados. joana era rara. exótica. especial. daquelas flores que florescem somente por um dia e que deixam saudade por onde passam.

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