21 de novembro de 2012

sobre as cartas não divulgadas


Stand by me.
O vento que venta aqui venta quente em pleno início de inverno. Quando as árvores já estão todas secas e cinzas, iguaizinhas a essa que se encontra estampada na minha coxa... um vento que chega com tudo, um bafo quente que vem lá do sul... tu no puedes comprar el viento, tu no puedes comprar el sol, tu no puedes comprar la lluvia... uma segunda-feira de calor dias antes de partir. Ir e vir, voltar... tudo isso me deixa assim uma manteiga derretida e os dias passam arrastados e intensos. Queria te dizer tantas coisas que nem sei, nem sei se sei o que sinto porque é tanto tudo que as vezes confundo e diminuo o sem importância... te diria que sim: eu quero voltar, que preciso voltar... me deixa ir com esse vento quente delicioso que bagunça os meus cabelos aqui sentada no balcon, com as luzinhas de navidad acesas como antigamente... te diria que foi tudo lindo e que só de pensar em não ter mais isso me cai uma lágrima do olho esquerdo... não sei se um dia encontrarei alguém tão gêntil como tu, alguém tão sensível, carinhoso e apaixonado. Te levo guardado em mim como uma pedra preciosa rara e frágil e desejo que sejas tu e que sejas feliz sempre, acima de tudo... me corta o caração te ver chorar... Montrel, montreal... um ano de intenso de amor e ódio... tanta coisa, tantas histórias, cada canto, cada pessoa que passou, cada pessoa que partiu e cada pessoa que por aqui vai ficar... tantas lembranças, tantas alegrias. Stand by me. E nessas noites de melancolia ela tenta escrever sem saber muito bem o quê e termina assim mais leve e relaxada, não tão satisfeita com o resultado mas conciente de que em alguns dias esse texto vai estar melhor, e um dia talvez publicável. Pois te publico aqui pra mim, para que não me esqueça dessas palavras. Te amo montreal, muito obrigada por tudo.

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