ventos e brisas. quentes, mornos e gelados... semanas que começam como terminam e que terminam como começam... gripe, febre, frio... suor, calor... teatro, foto, filmes... pessoas queridas... os dias têm sido intensos, as noites nem sempre na minha cama... o cansaço, o silêncio, a alegria... parar é difícil as vezes. sorrir é fácil. me falta ar, me dá vontade de berrar, sair voando correndo... ficar quietinha e descobrir onde vai dar tudo isso... não sei. não posso me deixar levar, mas sinto os dias me levando, sem controle, sem saber de nada... um nada luminoso e lindo, como uma luz de neon iluminando a calçada escura.
as palavras me caem como gotas de chuva cinza cintilante. molham minha pele, escorrem pelo corpo... cabeça, boca - geladas e suculentas - seios - arrepios - barriga, coxas - joelhos cortados de quedas sem explicação em noites onde a bebida estava presente... ando caindo ultimamente, sim, de quatro no meio da rua... patético... é como se de repente uma fragilidade tivesse me pegado, me sacudido de um lado pro outro, me dado uns tapas na cara e me largado meio tonta na andradas de noite... é como se eu fosse um bicho aprendendo a caminhar, sem controle dos pés, das pernas, das pedras e dos buracos... no fundo sei que a culpa é das botas e da minha insistência em usá-las mesmo não estando tão frio por aqui... eu já quero o inverno, mas minhas pernas parecem incrivelmente gostar do verão... e assim vamos as duas insatisfeitas, pois nem inverno e nem verão, estamos no outono e um tempo húmido nojento persegue os nosso dias... dias de porto alegrenses provincianos caminhando em linha reta sem olhar para os lados, sem respirar a brisa, sem ver o sol se pôr... mentira. eles reclamam de coisas pequenas e assistem tv sentados no sofá... mas não quero falar sobre isso. quero colocar tudo numa panela gigante e deixar fervendo por um tempo, até evaporar.
as palavras me caem como gotas de chuva cinza cintilante. molham minha pele, escorrem pelo corpo... cabeça, boca - geladas e suculentas - seios - arrepios - barriga, coxas - joelhos cortados de quedas sem explicação em noites onde a bebida estava presente... ando caindo ultimamente, sim, de quatro no meio da rua... patético... é como se de repente uma fragilidade tivesse me pegado, me sacudido de um lado pro outro, me dado uns tapas na cara e me largado meio tonta na andradas de noite... é como se eu fosse um bicho aprendendo a caminhar, sem controle dos pés, das pernas, das pedras e dos buracos... no fundo sei que a culpa é das botas e da minha insistência em usá-las mesmo não estando tão frio por aqui... eu já quero o inverno, mas minhas pernas parecem incrivelmente gostar do verão... e assim vamos as duas insatisfeitas, pois nem inverno e nem verão, estamos no outono e um tempo húmido nojento persegue os nosso dias... dias de porto alegrenses provincianos caminhando em linha reta sem olhar para os lados, sem respirar a brisa, sem ver o sol se pôr... mentira. eles reclamam de coisas pequenas e assistem tv sentados no sofá... mas não quero falar sobre isso. quero colocar tudo numa panela gigante e deixar fervendo por um tempo, até evaporar.
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