chove na serra... e sinto no ar um cheiro de márcia com canela. hoje teremos sapos no jantar. seu jardim de borboletas brancas sente o frescor da água fria e molhada que cai... cai... pinga... e desliza... ao som da música dos pássaros verdes que cantam agarrados aos galhos das araucárias, sentindo o gosto do vazio silêncioso da serra. ao embalo de clarice vou refletindo e sentindo as vibrações de um ano que começa com gana, com vontade de quero mais... dessa vez eu vou, dessa vez é pra valer. sim, tudo se resume no encontro entre aquilo que se procura e aquilo que se é. eu sou assim. finalmente eu sei. finalmente me entendo, compreendo, critico, aceito. sem arrependimentos. sem meias palavras e medos... só sendo. sentindo falta do que foi, do que poderia ter sido e do que nem teve chance de ser... assim eu vou, e assim espero que o que é bom aconteça e que o que não interessa fique... que vá... que voe com o vento pra bem longe... porque eu vôo alto, sempre gostei da vista lá de cima. e caio como as gotas de chuva que agora molham os meus pés... pense que eu cheguei de leve, machuquei você de leve e me retirei com pés de lã... sei que o seu caminho amanhã, será um caminho bom... mas não me leve...
lindo, inspirado e inspirador.
ResponderExcluirvou sair ventando pelas janelas como um guarda-chuva agarrado pelo vento
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