desde muito nova coisas estranhas me interessavam. adorava observar as pessoas com suas manias. o modo como andam, como falam, a voz, o sotaque... tudo. o ser-humano sempre foi algo extremamente interessante pra mim, quase que um objeto de estudo.
não sei se eu sou eu ou se sou uma grande mistura das carecterísticas que observei nos outros.
os outros... são tão diferentes, tão seguros e realizados. parece que a vida é simples e que todos estão no lugar em que deveriam estar. e eu a cada dia que passa sinto que aqui ainda não é o meu lugar. as pessoas com que eu ando e que amo tanto na realidade não tem nada a ver comigo. é um conflito de opiniões, de gostos, de conceitos. e no fim das contas, eu acabo sempre escutando, ouvindo o que eles pensam e me dando conta de que o que eu penso é totalmente diferente.
é uma solidão constante que me persegue.
queria alguém que me dissesse SIM. que me dissesse que o que eu penso faz sentido e que eu não sou um ser único e só nesse mundo. queria alguém com quem eu pudesse contar, sempre. alguém que me ligasse de manhã pra dizer bom dia, e perguntasse se tá tudo bem comigo, se eu dormi bem. alguém que fosse até a zona sul só pra me ver, dar uma volta na beira do rio e tomar um chimarrão quem sabe. alguém que cozinhasse pra mim, que se interessasse pelo o que eu faço da minha vida, por o que aconteceu no meu dia, desde as coisas mais banais. adoro falar de banalidades e de coisas sem importância que nem precisam ser ditas. gosto de contar o que eu faço e o que eu penso, gosto muito de ouvir também. queria alguém que me escutasse, que demonstrasse interesse e me fizesse sentir segura. queria alguém que quando me visse abrisse um sorriso e me desse um beijo na boca, que segurasse a minha mão na rua e me fizesse acreditar que tudo vai dar certo, que eu não preciso mais ser sozinha, que eu não preciso carregar o mundo nas costas. queria alguém que me dissesse "vem", vem morar comigo, vamos ser felizes juntas, casar e se amar pro resto da vida.
eu nunca ouvi isso, eu nunca ouvi coisas românticas, eu nunca ouvi um "eu te amo" verdadeiro e sincero. ninguém nunca me chamou de amor, nem me disse coisas melosas (que por mais que eu ache um saco sei que no fundo eu iria adorar). eu quero carinhos, eu quero ser amada, eu quero me sentir importante e indispensável para alguém.
tô cansada dessas relações frias, onde nada precisa ser dito, sem envolvimentos mais profundos, numa briga de cão e gato, um fugindo do sentimento do outro, como se fosse um crime gostar de alguém e demonstrar isso.
tô cansada desse vazio, dessa falta de perspectiva, dessa gente artista que só sabe viver os personagens e que quando se cansa deles joga fora sem mais nem menos. tô cansada do meu personagem, da minha falta de atitude e da falta de atitude do mundo. vontade de pegar essa grande bola preta e branca onde agente vive e sacudir loucamente, pra ver se acontece alguma coisa, pra ver se fica colorido.
não sei se eu sou eu ou se sou uma grande mistura das carecterísticas que observei nos outros.
os outros... são tão diferentes, tão seguros e realizados. parece que a vida é simples e que todos estão no lugar em que deveriam estar. e eu a cada dia que passa sinto que aqui ainda não é o meu lugar. as pessoas com que eu ando e que amo tanto na realidade não tem nada a ver comigo. é um conflito de opiniões, de gostos, de conceitos. e no fim das contas, eu acabo sempre escutando, ouvindo o que eles pensam e me dando conta de que o que eu penso é totalmente diferente.
é uma solidão constante que me persegue.
queria alguém que me dissesse SIM. que me dissesse que o que eu penso faz sentido e que eu não sou um ser único e só nesse mundo. queria alguém com quem eu pudesse contar, sempre. alguém que me ligasse de manhã pra dizer bom dia, e perguntasse se tá tudo bem comigo, se eu dormi bem. alguém que fosse até a zona sul só pra me ver, dar uma volta na beira do rio e tomar um chimarrão quem sabe. alguém que cozinhasse pra mim, que se interessasse pelo o que eu faço da minha vida, por o que aconteceu no meu dia, desde as coisas mais banais. adoro falar de banalidades e de coisas sem importância que nem precisam ser ditas. gosto de contar o que eu faço e o que eu penso, gosto muito de ouvir também. queria alguém que me escutasse, que demonstrasse interesse e me fizesse sentir segura. queria alguém que quando me visse abrisse um sorriso e me desse um beijo na boca, que segurasse a minha mão na rua e me fizesse acreditar que tudo vai dar certo, que eu não preciso mais ser sozinha, que eu não preciso carregar o mundo nas costas. queria alguém que me dissesse "vem", vem morar comigo, vamos ser felizes juntas, casar e se amar pro resto da vida.
eu nunca ouvi isso, eu nunca ouvi coisas românticas, eu nunca ouvi um "eu te amo" verdadeiro e sincero. ninguém nunca me chamou de amor, nem me disse coisas melosas (que por mais que eu ache um saco sei que no fundo eu iria adorar). eu quero carinhos, eu quero ser amada, eu quero me sentir importante e indispensável para alguém.
tô cansada dessas relações frias, onde nada precisa ser dito, sem envolvimentos mais profundos, numa briga de cão e gato, um fugindo do sentimento do outro, como se fosse um crime gostar de alguém e demonstrar isso.
tô cansada desse vazio, dessa falta de perspectiva, dessa gente artista que só sabe viver os personagens e que quando se cansa deles joga fora sem mais nem menos. tô cansada do meu personagem, da minha falta de atitude e da falta de atitude do mundo. vontade de pegar essa grande bola preta e branca onde agente vive e sacudir loucamente, pra ver se acontece alguma coisa, pra ver se fica colorido.
Bezinha, tu é linda!
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