Hoje me despedi de um amigo. E não foi um "tchau. até logo... espero que tu seja muito feliz", foi algo tipo "tchau... que pena... vai fazer falta por aqui...".
É incrível como a morte sempre nos surpreende, mesmo sendo a única certeza que temos na vida. Ele me pedia um cd com as fotos que eu tirei, para montar um portfolio, sabe? Quem pensa no futuro acaba querendo fazer isso um dia... Ele me convidou trezentas vezes para ir ver a peça dele, colocou meu nome na lista e tudo... E eu não fui. Nós não tomamos o café que estávamos programando a meses, nem a caipirinha na beira da praia. O tempo foi passando, os compromisso se acumulando e a promessa de um encontro talvez quem sabe um dia foi se estendendo.
Foram sequencias de desencontros... até hoje. Hoje eu reencontrei ele. Hoje eu entreguei o cd. Milhões de fotos pra ele se divertir olhando lá em cima. Cheguei atrasada no enterro, exatos vinte minutos, as pessoas já estavam indo embora... e foi melhor assim. Não sei se eu aguentaria um sermão de padre e uma choradeira. Já bastam as minhas lágrimas.
Enterrar uma pessoa querida é um exercício solitário e simbólico. Eu sabia que ele não tava ali dentro... o Zé Mario amado tava em qualquer outro lugar do mundo menos naquele caixão. Provavelmente ele estaria apresentando uma peça infantil pra 150 crianças na Etiópia, olhando aqueles rostinhos lindos sorrindo. Sim... estaria... que bom.
O que me consola é pensar que um dia agente descansa. O corpo descansa, mas aquele ser lindo e maravilhoso que eu e muitas outras pessoas sortudas conhecemos vai continuar por aqui, sempre, ele faz parte de nós, faz parte da nossa arte e da nossa vida. O cheiro de primavera, que vai deixando as ruas de Porto Alegre coloridas e que traz um calor que tem gostinho de verão me faz lembrar de Capão, beira da praia, caipirinhas e fotos de um jovem homem grande que topava todas e nunca deixava ninguém na mão. É uma pena não te ter mais por aqui.
muito obrigada zé, pelo ontem, pelo hoje e pelo sempre.
É incrível como a morte sempre nos surpreende, mesmo sendo a única certeza que temos na vida. Ele me pedia um cd com as fotos que eu tirei, para montar um portfolio, sabe? Quem pensa no futuro acaba querendo fazer isso um dia... Ele me convidou trezentas vezes para ir ver a peça dele, colocou meu nome na lista e tudo... E eu não fui. Nós não tomamos o café que estávamos programando a meses, nem a caipirinha na beira da praia. O tempo foi passando, os compromisso se acumulando e a promessa de um encontro talvez quem sabe um dia foi se estendendo.
Foram sequencias de desencontros... até hoje. Hoje eu reencontrei ele. Hoje eu entreguei o cd. Milhões de fotos pra ele se divertir olhando lá em cima. Cheguei atrasada no enterro, exatos vinte minutos, as pessoas já estavam indo embora... e foi melhor assim. Não sei se eu aguentaria um sermão de padre e uma choradeira. Já bastam as minhas lágrimas.
Enterrar uma pessoa querida é um exercício solitário e simbólico. Eu sabia que ele não tava ali dentro... o Zé Mario amado tava em qualquer outro lugar do mundo menos naquele caixão. Provavelmente ele estaria apresentando uma peça infantil pra 150 crianças na Etiópia, olhando aqueles rostinhos lindos sorrindo. Sim... estaria... que bom.
O que me consola é pensar que um dia agente descansa. O corpo descansa, mas aquele ser lindo e maravilhoso que eu e muitas outras pessoas sortudas conhecemos vai continuar por aqui, sempre, ele faz parte de nós, faz parte da nossa arte e da nossa vida. O cheiro de primavera, que vai deixando as ruas de Porto Alegre coloridas e que traz um calor que tem gostinho de verão me faz lembrar de Capão, beira da praia, caipirinhas e fotos de um jovem homem grande que topava todas e nunca deixava ninguém na mão. É uma pena não te ter mais por aqui.
muito obrigada zé, pelo ontem, pelo hoje e pelo sempre.
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