27 de setembro de 2009

num domingo chuvoso de setembro

eu sou uma chata. eu me apaixono e quero o mundo. cuidado comigo. porque eu me entrego, me desespero, te amo e te odeio e te quero, com todas as forças de quem não tem mais forças pra suportar nada. me esvazio em ti e no fim fico assim seca, apagada. choro rios de lágrimas solitárias que ninguém vê, falo milhões de verdades fortes demais para serem ditas que ninguém ouve. fico sozinha, perdida nas minhas vontades que nem eu entendo. encontro outro amor e me entrego, e tudo é lindo e divino maravilhoso. a chuva para, a primavera chega, as ruas ficam coloridas, e tudo o que eu quero é te olhar nos olhos, te ver sorrir, ouvir tua voz, te tocar, e só. instantes de uma silenciosa beleza onde eu disfarço o que eu sinto e sem saber o porque finjo ser plena, feliz e satisfeita, esperando assim que tu note esse meu emaranhado de sentimentos confusos. tudo começa igual e tudo termina igual, as pessoas não me surpreendem mais. o inesperado se tornou algo raro e talvez seja por isso que eu leve os dias um após o outro, sem grandes ambições, satisfeita com aquilo que acontece. quando no fundo o que eu quero é mais, eu quero muito mais, eu quero o intenso e o profundo, quero sentir o vento no rosto e a vontade de seguir em frente, quero sair desse movimento elíptico sem fim e seguir numa linha reta infinita.

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