ela entra no ônibus, sobe os degraus, passa a roleta e se senta em qualquer banco da janela, onde ela possa olhar para a rua e ver a noite. ela não vê ninguém, nenhum rosto lhe chama atenção, é muito movimento, são muitas pessoas, muito tudo, tudo junto, bagunçado, nada em que se aprofundar. a música dos fones entra na sua cabeça, do ouvido vai direto pro cerebro, do cerebro pro subconsciente, os olhos se fecham, as dores do corpo somem, ela não sente mais nada, só descansa. a cabeça a mil, não consegue ficar um minuto sem pensar, sonha, o sonho se mistura com a realidade, a voz do cobrador conversa com ela, tudo escuro e tão confortável. o mac donalds que tinha acabado de comer lhe deixa tranquila. hoje ela não precisou ir pra casa com fome, nem com vontade de fazer xixi. pegou o primeiro ônibus, chapada, mais ou menos trinta minutos para chegar no shopping, foi ao banheiro e, depois, comeu as porcarias gordurentas e nada saudáveis que ela tanto gosta. na saída, comprou chocolates, trufas maravilhosas, comeu todas no caminho. e, no segundo ônibus, se deu ao luxo de fechar os olhos e até sonhar. em meia hora estaria em casa, descansada. o sonho terminou, olhou para o lado e viu o Colégio Odila Gay, levantou correndo, num susto, e apertou o botão. desceu. não lembra do trajeto da parada até em casa, só que os cachorros não latiram nessa noite.
entrou em casa, largou todas as suas coisas sentindo um alívio imenso, tirou os tênis e o sutiã, estralou tudo e se deitou no sofá ao lado da mãe. dormiu. de novo. o corpo estava esgotado e a cabeça muito mais. colo de mãe é irresistível. dormiu e não acordou. todos subiram, deitaram nas suas camas, leram seus livros e dormiram. ela ficou no sofá, sozinha, acabada, sonhando. acordou. não tinha mais ninguém, só a Charlotte, que tinham deixado ali pra fazer companhia. a cachorrinha chorava, nem ela queria dormir naquele sofá desconfortável. levantou. em um braço, suas milhões de coisas, em outro, a Charlotte. subiu. tomou um banho e aos poucos foi se lembrando do amanhã e de tudo que deveria ser feito, ela tinha parado de sonhar, as dores nas costas aos poucos iam voltando, se olhou no espelho, colocou um pijama confortável e nada atraente, pegou suas coisas e subiu mais um andar. se sentou na frente do computador e fez aquilo que faz todo dia.
as vezes eu só queria conseguir parar de pensar.
entrou em casa, largou todas as suas coisas sentindo um alívio imenso, tirou os tênis e o sutiã, estralou tudo e se deitou no sofá ao lado da mãe. dormiu. de novo. o corpo estava esgotado e a cabeça muito mais. colo de mãe é irresistível. dormiu e não acordou. todos subiram, deitaram nas suas camas, leram seus livros e dormiram. ela ficou no sofá, sozinha, acabada, sonhando. acordou. não tinha mais ninguém, só a Charlotte, que tinham deixado ali pra fazer companhia. a cachorrinha chorava, nem ela queria dormir naquele sofá desconfortável. levantou. em um braço, suas milhões de coisas, em outro, a Charlotte. subiu. tomou um banho e aos poucos foi se lembrando do amanhã e de tudo que deveria ser feito, ela tinha parado de sonhar, as dores nas costas aos poucos iam voltando, se olhou no espelho, colocou um pijama confortável e nada atraente, pegou suas coisas e subiu mais um andar. se sentou na frente do computador e fez aquilo que faz todo dia.
as vezes eu só queria conseguir parar de pensar.
é a convivencia!
ResponderExcluirLinda tuas palavras, como sempre!
Tu me emociona guria!
Acho que é por isso que agente se da bem!
Te quero perto sempre!
Fico admirada... Detalhes tão simples, como o conforto de comer coisas gostosas, o alívio de largar as coisas e tirar o sutiã, acordar no sofa depois de um sono improvisado... a monotonia carregada de angústia de sentar na frente do computador e fazer, de novo, a mesma coisa q faz sempre... mto bom!
ResponderExcluirtirar o sutian e colocar um pijama 'confortável'(queria em itálico, mas acho que não tem) nada tão betaniúdo, não queira parar de pensar, deixa isso pra aqueles que já esticaram as canelas
ResponderExcluirquem é vivo sempre aparece :P
teamo, beijos
sim, eu acho que teamo deveria ser uma palavra só
ResponderExcluirsim, eu acho que teamo deveria ser uma palavra só
ResponderExcluirahh e essa foto do balanço de pneu é linda de tão nostálgica
ResponderExcluirme senti feliz agora por perceber que existem pessoas parecidads comigo que notam a importancia de pequenos detalhes que fazem toda a diferenca. e o mais legal eh que eu te vi fazer tudo isso do inicio ao fim.
ResponderExcluirte mao
beijos