28 de maio de 2008


ELA abriu a porta e entrou devagarinho, no escuro, sem nenhum suspiro, sem nada. Tirou os sapatos, ficou só de meia - listrada. A única luz que entrava no apartamento vinha da janela, do nono andar - que não tinha persiana - de onde se via a lua, gigantesca e gorda, amarela. Ela caminhou até o quarto, acendeu um cigarro e ficou olhando para a cama - de casal, bagunçada - onde o corpo nu de uma mulher descansava. A luz só iluminava um pedaço do rosto, o seio esquerdo com o mamilo duro, a barriga e as pernas - abertas. Ela ficou horas ali parada, admirando, tragando suavemente o cigarro. Depois, pegou um papel e fez um esboço do que via. Silenciosamente, foi até a cama e deixou o desenho ali. Saiu sorrateiramente, colocou os sapatos e foi embora.

ELA acordou, estava pelada, sozinha, com o sol batendo no rosto. Olhou para o lado e viu um desenho, de uma mulher encostada em uma parede, de pé, sem sapato, usando meias listradas. Confusa, levantou-se da cama, ascendeu um cigarro e foi até a sala. A porta estava entreaberta.

5 comentários:

  1. surpreendente e doce. adorei!
    adoro quando tu escreve e adoro teu cheiro de bebê!
    beijos

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  2. isso é bom... mto bom... bom mesmo, hein!
    puxa vida.

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  3. meu deeeus, muito bom! adorei.
    tu tem que escrever mais.
    (é a Shê)
    beijão

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  4. wwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwwooooow!!!!!
    muuuuucho booom!
    mucho boom!!
    beijo manuda!!!!
    camilinha te ama

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  5. gostei :)

    acender de cigarro, é sem s.

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